Qorpo Santo v.1

Da França de Molière para o Brasil de Qrpo Santo. Mudanças!

Caminhamos agora por um mundo surreal e gostamos disso.


Creio tratar-se de uma experiência nova e desafiadora para o grupo. Sem a pretensão de atingir qualquer linearidade ou compromisso com um roteiro ou dramaturgia tradicional, a obra de Qorpo Santo é capaz de produzir picos e quedas no humor naquele que se apropria intelectualmente de seu "mundo". As “personas” animadas pelos atores trafegam em ambiente absurdo e calculado, tendo em vista a finalidade de cada um destes. Beirando a esquizofrenia, suas personagens ora reagem de modo inesperado, ora dizem o que queremos dizer. Suas ações aparentemente em descompasso com a realidade, omitem interesses e são mais previsíveis do que imaginamos, uma vez que a simulação e o ofuscamento de sentimentos é uma realidade a que nos submetemos diariamente, num jogo interminável de enquadramento das relações humanas. Reveladas tais coordenadas para o processo de composição do espetáculo, o diretor Cláudio Lira e o grupo Matraca, experimentam o sabor bipolarizado de entes idealizados por este insólito autor.

Qorpo Santo! Ousaremos, pois, dar substância à forma que propuzeres, tentando materializar aqui e agora, não um espetáculo, mas a composição do invisível e óbvio elemento que une cada ser humano na teia de relações a que estamos rigorosamente submetidos.

Com estréia marcada para o mês de abril de 2011, o grupo se apressa... Passamos por preparação vocal, musical e corporal rigorosa.
Qual o nome da força que nos conduz à realização de tal façanha? A vontade de beber de novas águas, experimentar sabores diferentes, e dizer o que ninguém disse da forma como dizemos! Eis o golpe da arte... Fazer de pessoas, atores e atrizes; fazer de letras, ações; e de rostos e corpos, intenções!













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